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QUEM AMORES TEM

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Amores e Desamores na Europa Quinhentista e Seiscentista


O canto acompanhado por um instrumento de corda dedilhada gozava de um estatuto singular na música dos séculos XVI e XVII. Esta prática atravessava todas as barreiras sociais, sendo utilizada nos mais diversos contextos, como música para divertimento dos nobres e suas cortes, para entretenimento doméstico ou para espetáculos públicos como a ópera, que dava então seus primeiros passos. 


O alaúde era o instrumento de eleição nesta prolífera e profícua união com a voz humana. Na Europa dos séculos XVI e XVII, o termo ‘alaúde’ aplicava-se a toda uma família de instrumentos que variavam em tamanho, número de cordas e afinação. Apesar desta variedade, todos os instrumentos desta vasta família partilhavam como característica comum a caixa de ressonância em forma de carapaça de tartaruga e, mais importante do que isto, um valor simbólico único no pensamento humanista, sendo conotados na iconografia e na literatura com a lira da antiguidade grega. Se atentarmos aos nomes de algumas figuras importantes da cultura europeia que na época possuíam e tocavam alaúde (refira-se Dante, Galileu e Kepler a título de breve exemplo) o papel de destaque ocupado pelo alaúde no imaginário coletivo ocidental torna-se por demais evidente. A união do alaúde com o “instrumento” primeiro, a voz humana, formava assim o veículo ideal para o poder mágico que se acreditava então que a música podia exercer no espírito do ouvinte, à semelhança dos mitos de Orfeu, Apolo ou Anfião.


Os géneros e temáticas abordadas nas canções do dealbar da Idade Moderna eram muito variados, abarcando desde extensos romances heroicos ou curtos e mordazes vilancicos acompanhados pela viola de mão, a árias amorosas, introspetivas e até mesmo satíricas acompanhadas pelo alaúde, e eloquentes canções no novo estilo recitativo com acompanhamento improvisado na tiorba. Uma temática destaca-se e prevalece: o amor. E é precisamente a este tema que dedicamos este recital com uma seleção de obras da Península Ibérica, Inglaterra e Itália. 


Eunice Abranches d’Aguiar | Soprano

Patrícia Silveira | Mezzo-soprano

Hugo Sanches | Alaúde e Tiorba


Entrada gratuita, limitada à capacidade das salas.

Levantamento de ingressos nos Postos de Turismo de Mafra e Ericeira

Informações: 261 818 347




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